Na sexta-feira visitamos o consultório na rua Norte Eixo Baltazar e conhecemos a equipe, que é constituída por: terapeuta ocupacional, assistente Social, enfermeira, duas técnicas de enfermagem, educador físico e o motorista. O consultório na rua é uma estratégia de abordagem para atender a população em situação de risco e vulnerabilidade social. Logo em seguida acompanhamos a equipe ao local programado no dia. Fomos muito bem recebidas pelos moradores de rua, que compartilharam um pouco de suas histórias conosco.
O que impressionou bastante foi perceber que a proposta é eficaz, pois a
equipe consegue promover saúde em seu conceito ampliado, pois trabalha de
acordo com as necessidades identificadas. Um exemplo nítido dessa integralidade
é que se alguém não tem certidão de nascimento, carteira de trabalho,
identidade, ou outros tipos de documentação, a equipe se disponibiliza a
auxiliar nos processos burocráticos.
A equipe é um referencial de saúde, amizade, companheirismo e afetividade,
e as pessoas criaram vínculos entre si chegando ao ponto de uma das
trabalhadoras da equipe ser considerada mãe dos moradores daquele lugar. Se
houver algum atraso ou ausência os moradores ficam chateados e pedem
justificativa, o que evidencia a formação e fortalecimento dos vínculos.
Mas para que a proposta do consultório na rua obtenha bons resultados é
importante que as trabalhadoras (es) que compõem a equipe estejam conscientes
de que não há espaço para julgamentos, pré-julgamentos ou pós-julgamentos das
pessoas a serem cuidadas. É necessário despir ou até mesmo desconstruir
conceitos morais e discriminatórios para trabalhar de forma ética
independentemente da população.
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