segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

facilitadora saudosista...

A correria ao longo da vivência não me permitiu escrever antes neste espaço que não é só meu, mas também é meu! E que alegria eu sinto em dizer que apesar de meu, esse espaço também é de outros, um dia estranhos mas hoje queridos amigos o qual guardo belas lembranças. O projeto VER-SUS é um despertador, que me acordou e tem acordado a muito estudantes para a realidade de saúde no país, uma construção que precisa de pessoas com a noção clara de onde estão se metendo e quais são os materiais necessários para uma edificação sólida da saúde como um direito social. 

Tudo é tão diferente do que a gente imagina ou planeja. Estava acertado que eu seria facilitadora na cidade de São Leopoldo, depois passei para Porto Alegre e não somente isso, mas agreguei-me com mais uma equipe que assim como a que eu fazia parte estava pequena em número de participantes. Que grande soma foi feita, Gerências CENTRO e NEB (Norte Eixo Baltazar) unidas em um mesmo foco: conhecer, vivenciar e aprender. Posso dizer que alcançamos os objetivos, que crescemos uns com os outros, que nos aperfeiçoamos como acadêmicos e como cidadãos. Quantas vezes os olhares falaram mais que as palavras e os silêncios expressavam-se mais que os gritos, quantas vezes as personalidades se chocavam e o parar era saudável para o continuar da caminhada.

Amor ao próximo, que força potente que une pessoas tão diferentes, por mais que não tenha sido ela que nos trouxe até o projeto, certamente é essa força que nos impulsiona a continuar estudando, vivendo, lutando por um mundo (uma realidade, mesmo que local) melhor, para mim, meu vizinho, meu bairro, e os círculos vão crescendo. Amor que ultrapassa religiões, ideologias ou partidos, amor que simplesmente se senti e se tenta expressar através de ações afirmativas, que somam ao invés de matar, que nutrem ao invés de roubar, que envolvem ao invés de chutar. Acolhimento, Humanização... conceitos que não fazem sentido sem o amor, sem o vínculo humano que nos une como espécie. 

Sinto-me privilegiada pelo grupo que fiz parte, pelos locais que visitei, pelas (des)construções que fiz! Sou grata por esse movimento que traz vida pra dentro de mim e me motiva a gerar vida aos outros. Sou grata por ter a certeza que existem pessoas, loucas como eu, sonhadoras como eu, capazes de transformar tanto quanto eu. Não estou sozinha e não deixo outros sozinhos. 

Sinto saudades, mas prossigo porque sei que mesmo distantes estamos juntos pelo amor.

Bruna Pedroso