segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cuidados em situação de rua

Até que ponto as especialidades técnicas dos profissionais realmente importam no cuidado dos usuários? Será que os usuários devem devem procurar os especialistas para seus problemas, que talvez nem mesmo eles saibam ao certo qual seja? Ou será que o profissional deve identificar as necessidades e adaptar-se a elas para suprir a demanda de saúde?

São questões que povoaram minha mente após a roda de conversa com o Educador Físico Bilibio, sobre o Consultório na Rua. Pois este é um departamento tão gratificante quanto desafiador, pois instiga os profissionais a descaracterizarem-se de suas técnicas individuais e biomédicas, para tornarem-se uma equipe de atendimento de saúde, onde todos são iguais e preocupam-se com o cuidado dos usuários na sua íntegra. Afinal, na maioria das vezes a escuta, a conversa e ou o aconselhamento sem cobrança, são muito mais importantes e eficazes do que um procedimento protocolado, e os resultados e mudanças de hábitos, acabam por virem naturalmente e de forma prazerosa.
Os usuários deste departamento tem uma demanda de suporte mental muito grande, ouvindo a história de cada um e o contexto que os levou a estarem em situação de rua, é aí que percebemos a complexidade do atendimento e da promoção de saúde mental á estes indivíduos. O que nos leva a buscar alternativas de atendimento que possam despertar o interesse destes usuários a buscarem melhorar seu estado  de saúde sem necessariamente seguirem um padrão. Pois visualizar o resultado de um trabalho coletivo feito com amor é a melhor gratificação de um profissional.

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