Até que
ponto as especialidades técnicas dos profissionais realmente importam no
cuidado dos usuários? Será que os usuários devem devem procurar os
especialistas para seus problemas, que talvez nem mesmo eles saibam ao certo
qual seja? Ou será que o profissional deve identificar as necessidades e
adaptar-se a elas para suprir a demanda de saúde?
São questões que
povoaram minha mente após a roda de conversa com o Educador Físico Bilibio,
sobre o Consultório na Rua. Pois este é um departamento tão gratificante quanto
desafiador, pois instiga os profissionais a descaracterizarem-se de suas
técnicas individuais e biomédicas, para tornarem-se uma equipe de atendimento
de saúde, onde todos são iguais e preocupam-se com o cuidado dos usuários na
sua íntegra. Afinal, na maioria das vezes a escuta, a conversa e ou o
aconselhamento sem cobrança, são muito mais importantes e eficazes do que um
procedimento protocolado, e os resultados e mudanças de hábitos, acabam por
virem naturalmente e de forma prazerosa.
Os usuários deste
departamento tem uma demanda de suporte mental muito grande, ouvindo a história
de cada um e o contexto que os levou a estarem em situação de rua, é aí que
percebemos a complexidade do atendimento e da promoção de saúde mental á estes
indivíduos. O que nos leva a buscar alternativas de atendimento que possam
despertar o interesse destes usuários a buscarem melhorar seu estado de
saúde sem necessariamente seguirem um padrão. Pois visualizar o resultado de um
trabalho coletivo feito com amor é a melhor gratificação de um profissional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário